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Derrubada de árvores na Lapa, Zona Oeste de SP, causa protesto, bate-boca e presença da GCM no Bosque dos Salesianos

Derrubada de árvores causa protesto, bate-boca e presença da GCM Moradores da Lapa, na Zona Oeste de São Paulo, fizeram uma manifestação na manhã desta te...

Derrubada de árvores na Lapa, Zona Oeste de SP, causa protesto, bate-boca e presença da GCM no Bosque dos Salesianos
Derrubada de árvores na Lapa, Zona Oeste de SP, causa protesto, bate-boca e presença da GCM no Bosque dos Salesianos (Foto: Reprodução)

Derrubada de árvores causa protesto, bate-boca e presença da GCM Moradores da Lapa, na Zona Oeste de São Paulo, fizeram uma manifestação na manhã desta terça-feira (4) contra a derrubada de árvores no Bosque dos Salesianos. O terreno foi vendido para uma construtora que pretende erguer um condomínio no local. O protesto ocorreu na Rua Sales Júnior. Por volta das 10h30, a chegada de advogados da incorporadora gerou discussão e bate-boca com os manifestantes. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionada e chegou com cinco viaturas, além de uma sexta, da GCM Ambiental. Os manifestantes, que defendem a preservação do bosque, questionam a incorporadora sobre o número de árvores derrubadas. Eles afirmam que mais de 100 delas são nativas, algumas, centenárias, e não deveriam ser cortadas. Um biólogo que acompanhava o protesto alertou sobre o fato de a derrubada estar ocorrendo durante a primavera, o que não deveria estar acontecendo. A área é alvo de disputa na Justiça há meses. A Promotoria do Verde e Meio Ambiente ajuizou ação questionando o corte, alegando que o Bosque dos Salesianos é patrimônio ambiental. Após idas e vindas de liminares, o secretário municipal do Meio Ambiente, Rodrigo Kenji de Souza Ashiuchi, assinou um Termo de Compromisso Ambiental (TCA) autorizando a derrubada. O MP, no entanto, entrou com um recurso que está sendo julgado em segunda instância. E os cortes estão sendo realizados antes de uma decisão final. A incorporadora Tegra, responsável pelas obras, afirma ter todas as autorizações necessárias e diz que o Tribunal de Justiça reconheceu a legalidade do projeto. Segundo a empresa, o manejo segue critérios técnicos da Secretaria do Verde e a maioria das árvores retiradas estaria morta ou seria invasora. A construtora diz ainda que 66 árvores nativas serão mantidas e que irá plantar mais de 500 mudas, além de revitalizar quatro praças da região com investimento de mais de R$ 1 milhão. O que diz a prefeitura A Procuradoria Geral do Município informou, em nota, que não há decisão judicial que impeça as intervenções no local. Segundo a administração municipal, o manejo arbóreo "está autorizado pela Secretaria do Verde com base técnica e legal". "Para o local consta Termo de Compromisso Ambiental (TCA) nº 463/2025 para o manejo de 118 árvores, sendo 92 delas invasoras, exóticas e mortas e plantio compensatório de 1.799 árvores nativas na região. Para o empreendimento, há alvarás de Aprovação e Execução de Edificação Nova aprovados, emitidos considerando a legislação vigente", afirma. Árvores derrubadas. Reprodução/ TV Globo