Justiça marca audiência de acusados de matar empresário e jogar corpo em rio no interior de SP
Empresário foi morto por desavenças comerciais após reunião de negócios em Cravinhos, SP A Justiça definiu que a audiência de instrução e julgamento de...
Empresário foi morto por desavenças comerciais após reunião de negócios em Cravinhos, SP A Justiça definiu que a audiência de instrução e julgamento de Marlon Couto Paula Júnior, apontado como autor da morte do empresário Nelson Carreira Filho, em maio deste ano em Cravinhos (SP), acontecerá entre os dias 24 e 27 de novembro, no fórum da cidade. Marlon é considerado foragido desde 27 de maio, 11 dias depois que Nelson foi assassinado durante uma reunião de negócios e teve o corpo, que nunca foi encontrado, supostamente jogado em um rio. (CORREÇÃO: ao publicar esta reportagem, o g1 errou ao informar que a Justiça marcou o julgamento de Marlon. Na verdade, trata-se da audiência de instrução e julgamento, etapa do processo em que são colhidos depoimentos das partes envolvidas. A informação foi corrigida às 15h54.) Além do homem apontado como autor da morte, outros seis réus do caso participarão da audiência. Eles respondem por diferentes crimes (veja abaixo detalhes). Marlon é acusado de homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, ocultação de cadáver, fraude processual e falsidade ideológica. ✅ Siga o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp A defesa dele chegou a entrar com um pedido na Justiça para que ele deixasse de responder por ocultação de cadáver e fraude processual, mas não havia tido a solicitação atendida até a última atualização desta reportagem. Em junho, em uma carta enviada à Polícia Civil, Marlon Couto confessou o assassinato e relatou detalhes de como o crime aconteceu. Ele contou que atirou em Nelson para se defender de ameaças durante uma confusão e depois levou o corpo até Miguelópolis (SP), onde o jogou em um rio, junto com a arma do crime. Em outro trecho da carta, Marlon afirma que pretendia se entregar logo após o depoimento de Tadeu, mas que passou a ser alvo de ameaças, o que o fez desistir. O empresário Marlon Couto teve a prisão decretada pela Justiça por suspeita da morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho, em Cravinhos, SP Arquivo pessoal LEIA TAMBÉM 'Eu espero justiça', diz viúva de trabalhador atropelado em MG por empresário acusado de outro homicídio em SP Ministério Público denuncia 7 pessoas por envolvimento na morte de empresário em Cravinhos Mais seis réus Outras seis pessoas são acusadas: Tadeu Almeida Silva, gerente da empresa de Marlon Júnior, Marcela Almeida, mulher de Marlon, Felippe Miranda, Marlon Couto Paula e Lilian Patrícia Paula, pais de Marlon, e o irmão dele, Murilo Couto. Dentre eles, apenas Tadeu está preso. Veja abaixo os crimes: Marlon Júnior: denunciado por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual por sete vezes. Tadeu Almeida Silva: denunciado por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual por três vezes. Marcela Almeida: denunciada por fraude processual. Felippe Miranda: denunciado por ocultação de cadáver e fraude processual por duas vezes. Marlon Couto Paula: denunciado por favorecimento pessoal. Lilian Patrícia Paula: denunciada por favorecimento pessoal. Murilo Couto: denunciado por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. A defesa deles não foi localizada. Suspeitos da morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho em Cravinhos, SP Arte/EPTV O caso Nelson Carreira Filho, de 43 anos, que morava em São Paulo (SP), desapareceu no dia 16 de maio após participar de uma reunião de negócios em Cravinhos. Tadeu Almeida se entregou à polícia duas semanas depois do desaparecimento de Nelson e é suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo do empresário em lonas antes de ser jogado no rio. Marcela chegou a ser presa, mas a Justiça concedeu liberdade a ela no dia 29 de junho. Segundo o delegado Heitor Moreira, no dia do crime, Tadeu agendou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima e todos os funcionários foram dispensados. Por conta disso, a polícia acredita que ele tenha ajudado a planejar o crime. Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital. À polícia, Tadeu revelou que, após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol. Felippe Miranda, apontado como o responsável por ajudar Marlon a jogar Nelson no rio, foi preso em Uberlândia (MG) no dia 5 de junho, mas liberado um mês depois. O empresário Nelson Francisco Carreira Filho desapareceu após reunião de trabalho; carro foi encontrado na manhã seguinte na Zona Norte de SP Montagem g1/Reprodução Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região